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TSE usa até auditoria que concluiu ser impossível auditar urnas eletrônicas para tentar rebater "anomalias"

Auditoria do PSDB sobre as eleições de 2014 concluiu ser impossível auditagem das eleições brasileiras. Estatístico argentino apontou "anomalias" nos resultados produzidos pelas máquinas nas eleições desse ano.

Modelo de urna utilizada no Brasil causa polêmica por ser 100% eletrônico / Foto: Divulgação TSE


O Tribunal Superior Eleitoral divulgou nota para rebater as acusações de "anomalias" estatísticas ocorridas nos dois turnos das eleições desse ano. Numa live feita da Argentina, o CEO da Numen Publicidad, o consultor Fernando Cerimedo, apontou o que ele chamou de "anomalias" estatísticas típicas de manipulação artificial de resultados. A Numen é uma empresa de estatísticas que atua na Argentina, no Chile, no Equador e nos EUA. A live foi transmitida da Argentina já que o próprio TSE proibiu que esse assunto fosse abordado em transmissões feitas no território brasileiro. Apesar da justiça brasileira não ter atuação fora do país, o vídeo original da live foi derrubado a mando da justiça eleitoral do Brasil. Além da derrubada da live original, este episódio gerou a interrupção das contas do Dep. Federal Nikolas Ferreira, que publicou questionamentos ao TSE sobre os dados apontados por Fernando Cerimedo.

Em nota oficial, o TSE não justificou os pontos abordados por Cerimedo, apenas disse que todas as urnas são auditadas e lembrou auditorias já realizadas. Uma das auditorias apontadas como prova de que as urnas são seguras teve como conclusão a impossibilidade de se auditar as mesmas. Na ocasião, o PSDB entrou com pedido de auditoria privada pois houve questionamentos sobre a lisura do pleito de 2014, em que Dilma Rousseff derrotou Aécio Neves no segundo turno.


Confira a Nota do TSE na íntegra:

Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021).

Os resultados de todas as edições do TPS estão disponíveis para consulta no endereço abaixo: https://www.justicaeleitoral.jus.br/tps/#resultados.

As urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização do TPS 2021 foram testadas pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP), além de ter o conjunto de softwares avaliado também pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021. O relatório elaborado pela instituição pode ser encontrado no seguinte link:

Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e ela é um hardware, ou seja, é um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado e assinado.


Em 2014, PSDB concluiu ser impossível fazer auditoria externa na urna.


A Auditoria Especial no Sistema Eleitoral de 2014 feita pelo PSDB concluiu não ser possível a realização de uma auditoria externa nas eleições.

O relatório de 217 páginas que o partido produziu diz que “Claramente, o sistema eletrônico de votação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] não foi projetado para permitir uma auditoria externa independente e efetiva dos resultados que publica”.

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