Apesar da desaprovação de leitores apoiadores de Moraes, portal apenas noticiou fatos relatados pela Folha de S.Paulo. Críticas nas redes sociais chegaram a chamar o Informa Limeira de "propagador de fake news".
Lauro Arttur
O portal Informa Limeira foi alvo de críticas nas redes sociais nesta quarta-feira (06), após a publicação de matéria sobre o desgaste do ministro Alexandre de Moraes dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Leitores chegaram a acusar o canal de propagar fake news, o que não condiz com a realidade.
A publicação do Informa Limeira apenas repercutiu jornalisticamente e com a devida atribuição, conteúdo publicado pela colunista Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, sobre o desconforto gerado entre ministros do STF após a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes, o que teria causado seu isolamento na Corte.
Embora o ministro Gilmar Mendes tenha negado qualquer desconforto na manhã desta quarta-feira, durante coletiva de imprensa, não houve uma retratação unânime por parte do Supremo. Nenhum outro ministro veio a público refutar o conteúdo publicado massivamente pela imprensa na noite de ontem, o que reforça a legitimidade da informação de bastidores divulgada por Bergamo.
Além disso, sinais de distanciamento entre os ministros e Moraes vêm sendo notados há semanas. Durante jantar promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em apoio a Moraes, nem todos os 11 ministros compareceram, apesar do convite estendido a todos. Estiveram presentes apenas Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin além do próprio Moraes.
Outro indicativo de falta de consenso ocorreu durante a sessão de reabertura dos trabalhos do STF, no dia 1º de agosto. Oito ministros não se manifestaram em apoio público a Moraes durante os discursos. Também se faz necessário destacar que a nota conjunta divulgada pelo STF sobre a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Moraes também não teve assinatura de todos os ministros.
A própria decisão de Moraes que levou à prisão de Bolsonaro passou por mudanças significativas em menos de 72 horas. Inicialmente, Moraes havia proibido visitas, autorizando apenas o acesso de advogados. No entanto, nesta quarta (06), flexibilizou a medida e permitiu que o ex-presidente receba visitas de familiares, sem a necessidade de autorização prévia, conforme decidido anteriormente.
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