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Sérgio Moro no centrão e outros assuntos da semana

  

Lauro Arttur (O Observador)



UM DEPUTADO SEQUELADO

é ao que se resume a figura de Daniel Silveira, depois do confronto entre ele e um deus do olimpo, que nas horas vagas também é ministro do STF. Dessa luta saiu um ministro ainda mais enojado por uma grande parte da população e um deputado manco, sem poder exercer uma de suas maiores obrigações como parlamentar: se expressar. Compreender uma democracia é um a tarefa um pouco complexa, que demanda o mínimo de prática em "ser democrático". Pessoas que não praticam a democracia, são aquelas que não conseguem entender os defeitos que esse regime sempre terá, e que ficam buscando a definitiva polidez, pretendendo viver, num futuro escatológico, em um mundo totalmente seguro e aconchegante, mas de acordo com as suas próprias convicções do que seria um mundo seguro e aconchegante em sua plenitude. O deputado Daniel Silveira representa uma parcela da população, uma parcela que sempre existirá, em maior ou menor número, de acordo com a temperatura histórica do momento e de acordo com infinitos fatores que darão nuances diferentes a essa temperatura. Não cabe a ninguém a tarefa de moldar a sociedade de cima para baixo para que ela se adeque as suas maneiras de enfrentar os impasses da vida. O deputado tem legitimidade dada a ele pela constituição, para representar uma parcela da sociedade e essa representação precisa ser feita sem interferências.


AS AUTORIDADES POLÍTICAS

estão preparadas para impor vacinação a pessoas saudáveis. Mesmo com os números de contaminados e de mortos diminuindo mais e mais a cada dia, ainda há uma corrente que deseja enfiar "agulha abaixo", vacinação para todos, com uma obrigatoriedade sorrateira e mascarada. Querem obrigar a vacinação com que finalidade? A vacina foi feita para que nós, como sociedade, tivéssemos uma opção de tentativa de se salvar em meio a um cenário caótico, excepcional. Foi devido a esse cenário que a produção das vacinas teve algumas de suas etapas atropeladas ou encurtadas, mas isso é justificável pelo momento, repito, caótico e dilemático em que vivemos. 


BOULOS VISITA RIO CLARO

e é recepcionado como todo invasor de terras deve ser. Tirando a claque que o recepcionou teatralmente na porta da emissora em que foi conceder entrevista, e que assistiu a sua palestra com hora marcada, e tirando também os xingamentos pouco propositivos de uma figura aparentemente conhecida na cidade de Rio Claro, o tal Fábio Paciullo, a verdade é uma só: figuras como a de Guilherme Boulos agonizam em sua falta de popularidade e de expressividade. Os vídeos que mostram a grosseria com que ele foi recebido demonstram também o momento decadente da esquerda, onde sequer opositores se juntam em grande número para xingar.


BOLSONARISTAS

estão criticando o ator Wagner Moura depois dele aparecer, numa foto ensaiada, comendo uma “quentinha” gourmet do MTST. Estão criticando o artista por ele aparecer comendo vatapá de camarão, após uma exibição do filme “Marighella”. Eu nem gosto de camarão, então vou focar em dois questionamentos distintos aqui: 1- Quem são os parentes de Wagner Moura que foram fazer volume a essa exibição do filme "Marighella"? 2- Como o Wagner Moura teve coragem de abaixar a máscara para comer? É um genocida.


E, para finalizar...


MORO NO CENTRÃO!

Sérgio Moro nasce politicamente daquele mesmo abismo que os seus maiores defensores criticam. Eu farei questão de destacar essa inconsistência do nobre ex-juiz sempre que eu me deparar com um de seus seguidores, que geralmente criticam Bolsonaro por este fazer concessões a esse mesmo abismo político que abraçou Moro. Acho que a "bigorna da realidade" enfim está caindo na cabeça desses isentões. Não esperem menos de mim, senão críticas e vaias, afinal eu aprendi com eles mesmos, como faz.

Lauro Arttur (O Observador), é um "tenente-jornalista", responsável pelo Informa Limeira, e alguém que odeia escrever sobre ele mesmo. A coluna "O Observador" é publicada todo sábado.

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