Fiscalização terá força-tarefa e multas podem chegar ao dobro em caso de reincidência.
Prefeito Murilo Félix anuncia medidas contra desperdício de água após decreto de emergência hídrica | Foto: Divulgação SECOM |
Lauro Arttur
O prefeito de Limeira, Murilo Félix, declarou situação de emergência hídrica no município a partir desta segunda-feira (1º). A decisão ocorre diante da queda na vazão do Rio Jaguari, principal manancial da cidade, que está em 2,5 metros cúbicos por segundo, bem abaixo da média histórica de 11 m³/s.
Em coletiva à imprensa, Murilo pediu colaboração da população. “É importante que cada um faça a sua parte, para que ninguém precise ficar sem água”, afirmou.
O secretário interino de Meio Ambiente e Saneamento, Márcio Marino, explicou que denúncias de desperdício devem ser feitas pelo sistema 156. Uma força-tarefa formada por agentes municipais e Guarda Civil fará a fiscalização, com multas a partir de R$ 259,14, podendo dobrar em caso de reincidência. “Todas as denúncias serão verificadas e os responsáveis notificados”, disse.
Marino ressaltou que a prioridade será o consumo humano, alimentação e higiene. Ações como lavagem de calçadas e veículos serão consideradas desperdício e passíveis de punição. Empresas e prestadores de serviço que usam água para fins não essenciais deverão recorrer a fontes alternativas, como o reúso.
O prefeito também anunciou negociações para a construção de uma nova represa, com capacidade para 1 bilhão de metros cúbicos. Além disso, será publicado decreto de requisição da represa Salto do Lobo, de uso privado, que poderá ser acionada em caso de necessidade.
“Queremos garantir que Limeira cresça de forma sustentável e que a população não sofra com a falta de água”, concluiu Murilo.